Sintra | Duas mulheres detidas por furtos em residências de idosos
A Divisão Policial da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Sintra deteve duas mulheres de 47 e 62 anos, por serem suspeitas de seis crimes de furto qualificado.
Segundo a PSP, desde janeiro de 2025, as duas mulheres lucraram cerca de 29 mil euros com produto dos furtos (dinheiro ou peças em ouro) realizados em residências de pessoas idosas abordadas normalmente em locais públicos.
As duas mulheres iniciavam conversa com as vítimas “fazendo-as acreditar que padeciam de mal importante, nomeadamente, estariam amaldiçoadas, sendo necessário realizar uma espécie de ritual para limpar este mal.
Para as convencer deste fenómeno, as suspeitas ofereciam às vítimas uma espécie de teste que lhes permitia confirmar ou não se estariam amaldiçoadas. Para o efeito, solicitavam que lhes fosse entregue um saco com ovos que depois era trocado pelas suspeitas no momento da “reza”, por outro saco também com ovos, mas cheios de bichos. Através deste engodo, criavam a crença nas vítimas que estariam amaldiçoadas, elencando diversos cuidados e procedimentos que deveriam adotar para assim limparem todo o mal que as rodeava.”
Deste modo, convenciam a vítima a levar as burlonas a sua casa e, nessa altura, solicitavam “todo o ouro ou dinheiro que tivessem e que posteriormente era inserido numa caixa com açúcar e que deveria repousar durante várias horas sem serem mexidas. Estas caixas eram trocadas pelas suspeitas que através deste engano acabavam por subtrair as vítimas.”.
As suspeitas foram intercetadas pela polícia, quando contactaram novamente com uma das vítimas. Tinham na sua posse 1200 euros em numerário, alguns artigos de bijuteria em ouro e um saco cheio de “bichos” que usavam para fomentar a crença de que as vítimas abordadas estariam amaldiçoadas.
A PSP recolheu prova suficiente para indiciar as suspeitas de mais seis furtos qualificados com um modus operandi idêntico.
Emitidos os respetivos Mandados de Detenção Fora de Flagrante Delito por Autoridade de Polícia Criminal, as ora detidas foram presentes a 1.º Interrogatório Judicial, tendo-lhes sido aplicada a medida de coação mais gravosa, prisão preventiva.
